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   O mundo Digital está esfriando as relações?

   A tecnologia evoluiu de forma extremamente positiva nos últimos anos. Há 10 anos atrás nem imaginávamos que existiria Iphone, Ipad, Ipod, Galaxy S2, s3, s4. Não imaginávamos que a internet seria tão importante assim em nossas vidas e nem imaginamos o que está por vir ainda.

   Hoje é tudo mais fácil. Fazemos trabalho de faculdade pelo Google, sem sequer precisar relar em um livro muitas vezes. Postamos fotos no Facebook em tempo real pelo celular. O mundo sabe se você está em um relacionamento sério e até se você prefere miojo com queijo derretido. Não precisamos mais gastar dinheiro com mensagens e nem com ligações, o Whatsapp nos possibilita conversar com várias pessoas ao mesmo tempo pela internet.

     Celular afasta as pessoas e prejudica            relacionamentos.

A tendência mundial é uma crescente migração dos computadores e televisores para os celulares. É verdade, não podemos ver vídeos e ler documentos com a mesma facilidade e clareza que em uma tela maior, mas isso é secundário diante da conveniência de ter quase todo o mundo na palma da mão.

Portanto, é absurdo sugerir que não usemos o celular. Não podemos mais viver sem ele. Empresas, governos e famílias dependem deles.

 

Vimos muitas e cada vez mais pessoas que criam e se refugiam em seus cibermundos, vivem neles uma gama infinita de sonhos, sentimentos, desejos, fantasias, um mundo aparentemente quase real, não fosse pelo fato que se entra e sai nele com o apertar de um botão, liga-se e desliga-se sem que se tenha que lidar com a intensidade característica do mundo real, com os conflitos reais, com as demandas de um parceiro real, com a complexa dinâmica e desordem do mundo real. 

 

 

 

 

 

 

Celular: possibilidades, melhorias, individualismo   e alienação.

Vivemos uma era que louva a tecnologia! Quem de nós não se regala com as beneficies que os avanços tecnológicos nos trouxeram?

Um dos símbolos mais visíveis desses avanços da tecnologia é o celular. Tendo sido algo recente na história da humanidade, ele trouxe a possibilidade de comunicação praticamente imediata. Um instrumento que realmente veio facilitar nossas vidas, e que devido ao seu tamanho reduzido, pode ser levado para qualquer lugar. Nada o supera, pois traz consigo a praticidade, além de trazer hoje, nas suas mais diversas versões, muito mais funções do que a simples comunicação com outras pessoas em lugares distantes, como foi pensado por Graham Bell a função do telefone. Algo que nos coloca diante de uma infinidade de possibilidades tão grande, que nos perdemos no uso desse objeto, a tal ponto que não mais sabemos se ele é o instrumento ou nós.

Se pararmos para olhar as pessoas em lugares públicos, nos assustamos com o número de celulares que vemos. Tornou-se quase um imperativo que as pessoas tenham celular, e quem não tem é quase que um excluído da sociedade tecnológica.

O celular torna-se um símbolo da massificação, na qual pessoas de todas as idades hoje usam-no de alguma forma, e o pior, usam-no para esquecer do mundo que está à sua volta. Poucas pessoas usam esse tipo de tecnologia de uma forma realmente útil e saudável. Este tornou-se mais um elemento de distração, e assim, de alienação. 

 

O homem virou escravo da sua própria criação

O celular agora se torna uma fonte de prazer recarregável, uma falsa realidade bem-sucedida e popular, de muitos amigos, todos com uma personalidade admirável, onde o egocentrismo impera. Muitas de suas utilidades produzem, no entanto, no corpo humano as mesmas sensações que pode provocar um entorpecente, estímulos de prazer aos quais se rende o homem. O alívio, o falso bem-estar momentâneo e a fugacidade que abre espaço amplo para a alienação e o preenchimento da mente com preocupações quanto aos problemas e às verdades existentes em um mundo intangível.

É dado o nome de nomofobia à doença daqueles que são viciados no celular – do inglês “no + mobile + fobia”, ou seja, fobia de permanecer sem conexão móvel. Taquicardia, ansiedade, sensação de rejeição, ataques de pânico, faltas de ar, tontura, sensação de angústia, desconforto, nervosismo e tremores são alguns dos sintomas comprovados que atingem os nomofóbicos quando distantes de seus celulares, e é ainda mais preocupante o fato desses sintomas serem reflexo da depressão, da baixa autoestima, da insegurança pessoal e da necessidade por atenção, deixando claro, pela grande quantidade dependente existente, a falibilidade dos laços, dos relacionamentos e da autoconstrução na sociedade moderna.

 

 

 

Redes Sociais: Intermediando relacionamentos fictícios.

Verifica-se que o contato físico entre as pessoas está diminuindo. Cada vez mais escutamos histórias de namoros, amizades, encontros, que duram por bastante tempo até que os componentes decidam se encontrar pessoalmente.

Inúmeras são as histórias de pessoas que se aproveitam da virtualidade para mentirem a respeito das suas informações pessoais, utilizando fotos falsas ou dados inverídicos para estimular o interesse e a curiosidade do outro. Com isso podemos pensar, até onde esse tipo de relacionamento pode ser considerado real?

Por trás dos relacionamentos virtuais podem existir pessoas com dificuldades nas relações interpessoais, como uma timidez excessiva, medo ou insegurança de se expor ao outro. Por isso, a virtualidade se torna uma forma de refúgio.

Pesquisas realizada entre diversos países, verificou que a maioria dos jovens com até 30 anos de idade, principalmente brasileiros, preferem ter acesso à internet ou ouvir música ou sair com amigos.

Devemos, portanto, ter cuidado de como utilizar as ferramentas virtuais. As amizades e os relacionamentos afetivos não devem ser baseados exclusivamente na forma virtual. As pessoas precisam de contatos pessoais, como abraços, sorrisos, beijos, toques. A interação direta com o outro permite que os indivíduos se sintam pertencentes a algum grupo real. A ausência disso gera relações cada vez mais distantes, impessoais e solidão.

O importante é sabermos utilizar, a nosso favor, os benefícios que cada tipo de relacionamento promove, de modo que possamos viver mais plenamente e próximos daqueles que amamos.

Foi colocado nas mãos dos homens um instrumento, aparentemente inocente, com diversas finalidades fantásticas, um sustentáculo do desenvolvimento, no entanto tem-se dado a permissão para que esse mero aparelho inocente roube a alma da nossa raça, roube famílias, momentos, amizades, lembranças, roube a fidelidade e roube os valores.

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